Cultura


Quanto custa o conhecimento?

Alexandre Pessoa

Foto: Alexandre Pessoa
Quando se pensa em consumo é mais comum lembrar-se de algo descartável.  Mas e se pensarmos que o conhecimento  está ligado ao consumo? O universo dos livros, ainda pouco movimentado no Brasil, requer uma produção que pode durar anos.  Para que o livro chegue até a prateleira de uma livraria ou biblioteca, profissionais como escritores, editores, revisores, pessoas que trabalham nos meios de transporte, se envolvem no processo. Os livros podem ser aproveitados por gerações, um exemplo disso são bibliotecas comunitárias e feiras que vendem exemplares a partir de dois reais. 
O estudante de História Julio Allievi, possui mais de 300 livros de diferentes assuntos. “Livros são fascinantes, são universos concebidos em linhas, são aventuras que você pode viver em qualquer lugar, desde a fila do banco, até um dia chuvoso, sou apaixonado pela leitura” ressaltou. Muitas pessoas reclamam do preço das obras, uma das razões disso pode ser o pequeno número de consumidores, comparado com outros produtos, como vestuário por exemplo. Na opinião de Julio, o preço não é um empecilho para quem realmente gosta da leitura. “Não acho os preços caros, acredito que cada livro tenha o valor que merece, pois tem que se levar em conta todo o processo que fez com que ele chegasse as prateleiras das livrarias, a pessoa que usa o preço como desculpa para não ler, não deve ler mesmo, pois os livros são feitos para quem gosta e não para quem se obriga”, avaliou.
 Atualmente o estudante está lendo conteúdos relacionados ao trabalho de conclusão de curso de sua graduação, mas como gosta de ler diversos tipos de conteúdo, acredita que algumas publicações são lançadas apenas como forma de mercadoria, sem o objetivo principal de transmitir conhecimento. “Eu como estudante do curso de História, vejo muitas publicações ditas “históricas” feitas muitas vezes por pessoas que não tem o aporte teórico para escrever as mesmas, e vendem como água. Além é claro de livros como o recente sucesso “50 Tons de Cinza”, que são repentinos, e do mesmo jeito que surgem, desaparecem sem os efeitos que os verdadeiros grandes livros produzem”, completou. 




Leitura, uma fonte inesgotável de prazer

Alexandre Pessoa

Foto: Arquivo Pessoal


Para algumas pessoas a leitura é um exercício que estimula o pensamento e proporciona um trabalho de imaginação. Em geral as páginas de um livro podem despertar a curiosidade e fazer com que a vontade de ler cresça cada vez mais, como é o caso de Debora Boguchewski, estudante do terceiro ano do ensino médio. “Eu comecei a ler ha quase 3 anos, quando um amigo me deu o livro "Querido John" do Nicholas Sparks, me apaixonei pelo livro e a partir daí não parei mais”
O consumo de livros no Brasil é grande via internet, já o número de livrarias não é dos maiores, principalmente em cidades pequenas. O gosto pela leitura pode aparecer através da literatura, da música, pela identificação de algum personagem, ou simplesmente pelo hábito em gostar de ler. “Quando termino um livro é como se terminasse mais um objetivo. Se o livro for bom, eu fico com a sensação de "quero mais". Fico por dias refletindo sobre as coisas que aconteceram no livro. É uma sensação difícil de explicar, me sinto feliz, mas ao mesmo tempo triste por já ter acabado”, afirmou a estudante.
Assim como qualquer outra mercadoria os livros podem ser adquiridos conforme a necessidade ou vontade de cada consumidor. Assim como sabores, cores e aromas, cada obra possui uma característica e cada autor sem suas peculiaridades. “Já li 68 livros. Meus livros favoritos são todos do Nicholas Sparks, O diário de Suzana para Nicolas, A culpa é das estrelas e Anna e o beijo francês”, relatou Debora. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário